25 de novembro de 2012

A Piada Infinita

Porque já tinha saudades de carregar um calhamaço nos transportes, porque é inverno e dá todo o jeito andar com o dito na rua, porque uma tendinite é algo que até está na moda, porque é uma altura do ano em que tenho muito tempo e, acima de tudo, cabeça, para ler algo desta desumana dimensão, porque não resisto quando um hype vem das pessoas certas, porque conheço os tradutores, família em tempos, imagine-se, porque é da casa, e as pessoas da casa acreditam e convencem outros a acreditar, vamos ver quanto tempo vou demorar a terminá-lo e qual o veredicto, muita imprensa e alguns autores renderam-se à qualidade da obra do homem, ao homem, às vezes, nem por isso, mas, admitamos, que piada têm escritores sem esta aura?

3 comentários:

Alexandra, a Grande disse...

mantém-nos a par da coisa, estou a precisar de novas leituras.

Mak, o Mau disse...

Está lá em casa e, curiosamente, é o próximo a entrar numa battle com a minha coluna :)

Se o 2666 e o Submundo do Don DeLillo não conseguiram, este também não há de levar a melhor.

Ricardo disse...

Ahaha, literatura de peso, musculação cultural, é maravilhoso.

O 2666 é imperdível, sem ser fundamentalista acredito que TODA a gente deveria lê-lo, gosto assim tanto dele.

O Piada Infinta foi me conquistado ao longo das mil páginas, e quando cheguei ao fim fiquei a pensar que ainda agora tínhamos começado e ficou tudo por dizer.

O Submundo, curiosamente, é dos próximos a ler. Venerei o Ponto Ómega (acho que o facto do tradutor ser o Paulo Faria, o gajo que traduz o McCarthy, teve influência).

Mas, Mak, faz lá o esforço e lê o DFW, vale a pena, vais gostar do sentido de humor dele.