1 de março de 2012

This is an anthem

Hoje foi um daqueles em que posso dizer que estive vivo. Não que tenha feito ou presenciado nada de miraculoso, mas, todos os sentimentos que senti, da forma que os senti (da única que forma que eu sei, acho eu), fizeram-me crer que hoje, especialmente hoje, não andei apenas por aí: hoje estive vivo. No bom, no mau, estive vivo.
Desde o temor irracional e avassalador relacionado com a Catarina, à conversa despreocupada com a mãe dela da parte da manhã, a afogar-me num mar de risos, a conhecer pessoas novas, a deixar a vergonha impedir que pudesse conhecer mais pessoas novas, ao Baudelaire abençoado pelo (ainda resistente) sol no largo do S. Carlos,  a alegrar-me com a chuva, a desiludir-me com a chuva, a perdoar (mesmo alguém que não mereça...), a ter a Catarina nos meus braços e a dormir em minha casa em cinco dos últimos sete dias, tudo isto contribuiu para que este dia soubesse a muitos. Mas, ainda assim, é sempre, sempre pouco.
Estar com a Catarina... Devia ser sempre assim, como já foi: todos os dias. Dar-lhe um sermão porque tirou o cinto no meio da A5, festejar com ela a conquista de uma fita nas artes marciais, desligar a música e ela dizer "SO FUCKING SING" no silêncio do estacionamento do Pingo Doce (e eu a ter de lhe explicar que isso não se diz), a ela tentar explicar-me o que são "créditos" e "mão de espada" no Tenchi (para depois dizer-me que não estou preparado para aprender, a pirralha). e ela terminar o dia com a frase, numa das nossas habituais conversas em que tenho de me concentrar para não me rir com as coisas que ela diz. "cada um sabe de si e Deus sabe de todos". 

2 comentários:

Blue star disse...

Podia escrever 1 comentário todo jeitoso, impregnado do meu recém adquirido coração mole, mas vou simplesmente dizer que me deixaste a sorrir quando li isto!
=)

* * *

Ricardo disse...

Tu estás apaixonada, não conta.