17 de fevereiro de 2012

Nostradamus

A caminho da estação, eu, que ainda não percebi se gosto de rituais ou não, cruzo-me diariamente no trânsito, paragens de autocarro, etc, com as mesmas pessoas. E ali na zona da Quinta do Marquês como quem vai para Nova Oeiras é normal deparar-me com uma jovem que vem no sentido contrário ao meu, a pé. Ontem lá vinha ela completamente preparada para o frio. Cachecol, luvas, gorro. Isto, claro, não descurando o facto de ir com o casaco aberto e um destemido decote em toda a sua glória. Pensei em abrir a janela e gritar: "tapa-te moça, que vais constipar as tuas amigas." Mas estava realmente muito frio e o meu veículo estava numa temperatura deveras agradável, não ia ser uma qualquer leviana que ia provocar alterações de temperatura no meu carro. Ou em mim. Adiante. De qualquer forma, pensei: "hás-de adoecer que é para não achares que és a Claudisabel de Sassoeiros". 
Hoje, quando-me cruzo com ela, lá ia ela toda agasalhada. Mas de pacote de lenços numa mão, um lenço aberto na outra, a acabar de se assoar, com o nariz todo vermelho. Espero que ela não se tenha apercebido do meu gesto de vitória. 

2 comentários:

Sofia disse...

What goes around, comes around, vê lá se daqui a uns dias não és tu a estares doente. Não se deseja uma constipação a ninguém! (Sofia assoa-se sonoramente)

Ricardo disse...

Sofia, a responsabilidade foi dela. Eu apenas constatei o óbvio. Agora, se eu adoecer... É porque tu me rogaste uma praga =P