21 de julho de 2014

Filho de Deus


Mais uma pequena pérola do McCarthy, mais um personagem cuja maldade e decadência se tornam difíceis de descrever (a não ser para o próprio McCarthy, claro). Compreendo que os temas que o autor explora, a geografia dos seus romances ou a violência poética da linguagem não agradem a toda a gente. Para mim é quase perfeito. As paisagens do sul dos Estados Unidos, do início do século vinte bem como a fronteira com o México são os locais perfeitos para a escrita e histórias do autor. Neste livro temos um degenerado que vai perdendo a sanidade e aumentando a perversidade dos seus crimes. Coisa mais ou menos normal nos livros dele. Não vou detalhar a natureza dos crimes (apesar de vir anunciado na contra-capa... boa, Relógio d'Água), mas era coisa para deixar o Correio da Manhã a salivar. O que vale é que a prosa do McCarthy consegue tornar tudo terrível e maravilhoso ao mesmo tempo. 
O James Franco é um fã bastante obcecado pela obra deste autor, tanto que está sempre a falar em fazer um filme do Meridiano de Sangue. Missão quase impossível. Vai daí, fez um filme deste Filho de Deus. 



Não sei se serei capaz de ver. Vi a Estrada e já me custou muito. Este parece que é mesmo mauzinho. Depois descobri isto:


Pequena maravilha.


1 comentário:

Anita disse...

Sempre achei o James Franco uma pessoa com uma mentalidade... vamos chamá-la de estranha vá. Nestes últimos tempos mais coisas têm vindo a convencer-me ainda mais que há ali uma qualquer "falha". E agora ainda mais esta... Mas sou menina para lançar o coração ao alto e ver este filme, tal como fiz com A Estrada. Obrigada pela dica ☺