A Bárbara Bulhosa, no seu facebook, alerta para "Mais um golpe nas livrarias independentes. Novo livro de Herberto chega apenas a "alguns grandes grupos" e "às livrarias que a Administração decidir".", dando voz a uma livreira de Évora que mostra o seu desagrado e desencantamento perante esta decisão da editora. Estavam à espera do quê? A editora, com este livro, vai imprimir dinheiro, tão simples como isto: não é poesia, não é arte: é dinheiro. E cada um trata do seu dinheiro como bem entender.
A edição única e limitada (não se sabe ao certo quantos exemplares sairão efectivamente para o mercado) não só não ajuda como também depois alimenta negócios paralelos. Podem limitar a compra à vontade a dois exemplares por cliente: eles vão lá várias vezes, vão a várias livrarias. No entanto, sou totalmente a favor quanto ao respeitar da vontade do autor: quer no número de edições, quer no número de exemplares, quer na chancela que ele escolhe: há depois especulação quanto à "vontade expressa" do autor em mudar da Assírio & Alvim para a Porto Editora. É normal achar estranho, até porque a Assírio pertence ao grupo Porto Editora. Os puristas estão de cabelos no ar.
E depois temos coisas como estas: cadeias de livrarias a permitirem aos seus funcionários comprar apenas um exemplar, e com o desconto de funcionário cortado pela metade.
Diz que é a cultura.
Sem comentários:
Enviar um comentário