4 de maio de 2014

Killer Be Killed, ou a apologia dos "supergrupos"


Inicialmente, quando confrontado com um "supergrupo" (termo que me causa tremenda comichão) composto por Troy Sanders (Mastodon), Greg Puciato (Dillinger Escape Plan), Dave Elitch (The Mars Volta) e Max Cavalera (se não sabem quem é nem vale a pena continuarem a ler, Sepultura, Soulfly, entre outros), pensei logo num desastre: três vocalistas, nenhum guitarrista particularmente dotado (embora aqui o Puciato surgisse como incógnita). No entanto, para meu espanto, a coisa correu bastante bem: é interessante ouvir o Puciato fora da tempestade aural dos Dillinger Escape Plan, por exemplo, ou ver o Max num plano mais contido e ter um Troy Sanders mais expansivo do que em Mastodon. Talvez seja o equilíbrio entre as partes que faz com que isto resulte. Por cada parte mais básica do Max Cavalera temos o Troy e o Puciato com partes mais ou menos melódicas consoante o contexto, é um triângulo que acaba por esconder bem a limitação vocal e lírica do Max. Sem ser um disco genial, recomenda-se vivamente para quem gosta destas coisas. Esperemos que não sejam outros Nailbomb e façam mais que um álbum.