22 de maio de 2013

Casa ocupada

A Feira do Livro começa já amanhã e isso significou dois dias árduos de montagem, debaixo de um sol a atirar para o quentinho, com muitas caixas cheias, caixas vazias, livros e mais livros e amigos e colegas e saudades e esperanças, que tudo corra pelo melhor, é o que se quer, agora, giro, giro, é ires montar a feira com uma t-shirt de Linda Martini, e, a meio da tarde, dizerem-te que precisas de falar para uma televisão, apropriadíssimo que eu estava, mas, ainda melhor, é a tua primeira imagem que passa ser algo assim:

"sim, sim, livros e cenas e coiso, não olhes agora que te estão a filmar"
Estava a peça a terminar e já estava o telemóvel do trabalho a tocar, o meu chefe a perguntar-me, na brincadeira, se tinha sido para estar parado a conversar que fui ajudar na montagem da feira, eu ainda disse que apareci a carregar umas caixas e ele contrapôs logo que as caixas estavam vazias, engraçadinho, de qualquer forma, correu tudo bem, o espaço está giro e funcional e a feira, no seu geral, está convidativa como sempre.

Neste sítio decorrem eventos estranhos, a várias horas do dia, a evitar.

Como é sempre a subir podem subir só até aqui e depois voltam para trás,  o resto é paisagem.

Enquanto não organizar um jogo de futebol entre grandes grupos editoriais, neste local,  não descanso.

Tinha ficado de ir ali festejar uma coisa mas parece que foi adiado para o ano, não me lembro bem do quê, perder faz-me cenas à memória.

Ninguém me veio pedir um autógrafo, aparentemente tem de se escrever um livro primeiro.

Parece que aqui é onde se gasta o dinheiro que se ganha na feira.

E aqui também podia ser, não tivesse já eu isto tudo.

O único momento de descanso do dia, juro.

E, para que conste, eu não falei só do Peixoto como dizem por aí, também falei do Pina, do Herberto Helder e do Pessoa, não há é tempo para tudo como bem sabem, de qualquer forma, aproveitem a feira, vemo-nos por lá.

Sem comentários: