14 de julho de 2012

A farewell to arms

Estava eu numa bomba de gasolina, daquelas idiotas em pré-pagamento, acho que se pode dizer muito do desenvolvimento de um local pelas suas bombas de gasolina, mas isto sou eu que também acho que se pode dizer muito de um local pela qualidade da sua loja de discos, na fila para pagar quando sou abordado por uma simpática rapariga para dar o meu nome para ser contactado e fazerem uma simulação de seguro automóvel. Declinei rapidamente com um amigável "já fui cliente. Fui.", e ela fez um olhar abatido e, como era a última pessoa na fila foi-se sentar num banco junto à entrada, com um ar abandonado. Fiquei a olhar para ela uns segundos e senti-me mal, muito mal. 
Acabo de pagar e vou a sair, quando ela olha para mim com um arzinho abandonado, mesmo a atirar ao meu coração amolecido pelo tempo e pelas mulheres. Parei, e perguntei-lhe se ela recebia por cada número que arranjasse... Ela disse que sim, esperançosa que eu lhe desse o meu. E eu dei o meu. E o da minha irmã. E de mais uns quantos amigos. 
Chego ao carro e decorre a seguinte conversa com a Catarina, que me esperava impacientemente:
- Estava aqui à tua espera há muito tempo! Quem era?
- Era uma senhora dos seg...
- Conheces?
- Não, mas el..
- Se não conheces, porque falaste com ela?
- Porque ela pediu o meu núm...
- E tu deste? Porquê?
- Porq...
- Não interessa, vamos embora.
- ...
Isto vai ser giro daqui para a frente.

2 comentários:

Lia disse...

Há os pais que dizem "quando a minha filha crescer vou montar uma basuca na varanda e atirar em todos os pretendentes". E depois há as filhas que dizem "eu não preciso de crescer; monto já o arsenal".

Catarina FTW! ahhahah

Ricardo disse...

Ahaha, isto é só fogo de vista.