8 de março de 2012

Une aneée sans lumiére

Eu, que sou pessoa para ser conotado com a direita social-democrata e com o Sporting (vá lá um gajo perceber estas merdas), sou no fundo um gajo de esquerda. Mas uma esquerda muito central e que toma banho todos os dias e gosta de gastar o seu dinheiro em bens que  aprecia e coiso.
Assim, é sem grande espanto que ter comunistas a oferecer flores às minhas colegas causa em mim algum desconforto. Primeiro que tudo há a discussão do dia da mulher (ide ler noventa e nove por cento dos blogues femininos, que elas sabem do assunto) e da sua real importância. E depois temos a questão de que os comunistas não são gente de confiança: vejam o que eles fizeram à Rússia (aquilo parecia tão bom no tempo do Turguenev). Aposto que também começaram a dar flores, e, quando os russos deram por isso já estavam a comer criancinhas. Ao pequeno-almoço. Portanto, camaradas, subam lá a rua aos gritos como é vosso apanágio, mas deixai as mulheres trabalhar em paz.
Outro exemplo que esta gente de esquerda não é de confiança é o facto do líder de um partido de esquerda (ia dizer grande, mas isso era mentir) escolher uma multinacional fascista para lançar o seu livro, ao invés de fazê-lo na livraria onde nasceu o movimento sindical e socialista português.  O vendido. 
Podia alongar-me mais, mas tenho isto à espera:


Vivam as multinacionais fascistas.




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